Tablets e celulares ajudam ou não no desenvolvimento das crianças?

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Tablets e celulares ajudam ou não no desenvolvimento das crianças?

Desde 2006 o Colégio Finke utiliza a tecnologia em sala de aula. No princípio eram computadores em classe, aplicativos coletivos, vídeos no youtube, etc.

Aos poucos fomos aprimorando estes usos e definindo as melhores estratégias de uso dos equipamentos.

A UNESCO recomenda o uso de tablets e celulares em classe e aponta alguns benefícios na aprendizagem móvel:

  • facilita a aprendizagem individualizada;
  • fornece retorno e avaliação do desempenho imediato;
  • apoia a aprendizagem fora da sala de aula;
  • potencializa a aprendizagem;
  • cria um ponte entre a aprendizagem formal e não formal;
  • auxilia estudantes com deficiência entre outros benefícios não citados.

Existem porém, preocupações de pais e educadores em relação ao uso destes equipamentos. Tiago Mota, mestre em comunicação e semiótica pela PUC-SP, fez uma pesquisa acompanhando crianças e o uso de tablets na escola.

Percebeu que existe um vínculo muito grande dos alunos com o dispositivo trazendo momentos de diversão, tensão, competitividade e de seriedade durante estes momentos. A conclusão é que as crianças ficavam super felizes nestas aulas.

Tiago, ressalta entretanto a necessidade de que esses momentos sejam também de interação entre os alunos, evitando que fiquem absortos em sua segunda realidade, evitando que o tablet se torne uma janela para o mundo e a criança o interprete sob esta perspectiva e não por sua experimentação.

Não há dúvidas que a tecnologia melhora o desempenho escolar, contudo há de se ter algumas ressalvas tanto em casa quanto na escola.

Algumas considerações a seguir de acordo com especialistas:

proporcionar que a criança utilize jogos educativos e de criação;

acompanhar a atividade da criança para que haja interação com outra criança ou com o adulto;

limitar o horário;

não terceirizar a educação para os dispositivos móveis, simplesmente para ficarem “quietinhos”;

monitorar sites e vídeos que frequentam;

questionar a mídia, para que não se tornem meros espectadores e consumidores.

Concluímos que, mais do que questionar o uso de qualquer brinquedo, tecnológico ou não, o mais importante é interagirmos com nossas crianças e acompanharmos sempre tudo o que fazem, na tentativa de deixarmos filhos melhores para o mundo.